Três egressos da Física Médica são aprovados em residência

Texto: Diene Batista, agente de Comunicação do IF/UFG

Foto: Arquivo pessoal

Três egressos do curso de Física Médica do Instituto de Física (IF) da UFG foram aprovados em seleções de residência multiprofissional e já iniciaram suas atividades neste mês. Guilherme Silva Loures e Thamires Tavares Ferreira estão cursando a especialização no Hospital de Amor, em Barretos, interior de São Paulo, e Paulo Vitor Pellozo no Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Rio de Janeiro. Ambas instituições são referência na prevenção e no tratamento oncológico no Brasil. O curso de Física Médica do IF/UFG é o único do Centro-Oeste.

Guilherme e Thamires foram selecionados em segundo e terceiro lugar, respectivamente, e estão realizando a residência em Física da Radioterapia. Já Paulo Vitor, aprovado em primeiro lugar, é residente em Física de Imagens Médicas.

Além do Hospital do Amor, Guilherme também foi aprovado para a residência no Inca e no A.C. Camargo, em São Paulo. Ele diz ter optado pela especialização em Barretos por se tratar de uma instituição “filantrópica de alta tecnologia e com um aparato bom em ensino e em pesquisa”.

Formanda de 2022/2, Thamires antecipou a colação de grau, realizada administrativamente em fevereiro. A escolha pela área de residência foi consolidada a partir das vivências enquanto estagiária, inclusive no próprio Hospital do Amor. “Tive oportunidade de fazer estágios em vários serviços, com diversidade de tecnologia e volume de pacientes diferentes, que me proporcionaram uma visão ampla sobre a Radioterapia”, explica ela.

A oferta de duas especialidades – Radiodiagnóstico e Medicina Nuclear – em um único programa atraiu Paulo Vitor para realizar a seleção do Inca. “Além disso, tenho muitas referências de ex-alunos que passaram por lá, tive a oportunidade de conversar e de tirar algumas dúvidas com eles”, recorda.

Os agora residentes planejam estabelecer conexões profissionais, obter oportunidades no mercado de trabalho e, também, crescer pessoalmente com a especialização.

Formação

Para o coordenador do curso de Física Médica, professor Jonas Oliveira da Silva, a aprovação demonstra que o IF/UFG “está formando bacharéis competitivos para concorrerem a essas vagas”. Isto porque, pontua, “quando os alunos se submetem a essas provas, a formação curricular como um todo é avaliada.”

Ele explica que, na maioria dos editais, a comprovação de vivências em monitorias, em atividades de extensão, nos estágios não-obrigatórios nas principais áreas clínicas da Física Médica, além de atividades de pesquisa, e da participação e organização de eventos. “É uma bagagem curricular construída ao longo do curso”, destaca.

Vivências

O egresso Guilherme confirma que as atividades de ensino e pesquisa auxiliaram na preparação para as avaliações para a residência. Ele foi orientando do professor Andris Bakuzis na iniciação científica e também se dedicou às monitorias que, afirma, auxiliaram na última fase do processo seletivo: as entrevistas. “Também me ajudaram a sempre relembrar as partes mais importantes das matérias”, adiciona.

Thamires realizou iniciação científica no grupo de Dosimetria e Radioproteção, coordenado pelo professor Jonas, e também foi diretora de Gestão de Pessoas na Gheeck, empresa júnior do Instituto.

Para Paulo Vitor, atividades de pesquisa e de extensão “tiram (o aluno) da zona de conforto e dão ritmo de estudos”. Ele participou do grupo de Nanomedicina, coordenado pelo professor Andris, e também da Liga Acadêmica de Física Médica (Lafismed). Além disso, ele foi premiado durante a XXXIX Semana da Física: o pôster Determinação da eficiência de conversão fototérmica de nanopartículas voltadas para o tratamento do câncer foi escolhido como o segundo melhor do evento (foto ao lado).

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