Focado na divulgação científica, Pátio da Ciência comemora 10 anos

Texto: Letícia Carvalho, acadêmica de Jornalismo da FIC/UFG – Comunicação do Pátio da Ciência*

Fotos: Letícia Carvalho e Roberto Pena, estagiário de Comunicação do IF/UFG

Com a proposta de ser um ambiente de educação não-formal, o Pátio da Ciência do Instituto de Física (IF) da UFG comemora uma década neste sábado (19/11). Para marcar a data, o projeto de extensão focado na alfabetização científica lança edital para a escolha de sua nova logomarca.

As inscrições podem ser realizadas até às 12 horas do dia 9 de dezembro, pelo formulário disponível aqui. No link, também é possível acessar o edital do certame. O trabalho vencedor será anunciado no dia 16 de dezembro, durante café da manhã no Instituto, em comemoração ao aniversário de 10 anos.

Localizado entre o IF e o Instituto de Química (IQ), o espaço possui quatro estandes interativos: Física para Todos, Energia e Nanotecnologia, Luz e Partículas e Divertiquímica. Atualmente, o projeto mobiliza 10 monitores dos cursos de graduação do IF, do IQ e do curso de Jornalismo da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC).

Fortalecimento

Atual coordenador do Pátio da Ciência, o professor Marcus Carrião, destaca o papel do projeto na popularização da ciência. Ele explica que, hoje, o espaço é um núcleo em formação do Museu de Ciências da UFG.

O gestor também prevê a realização de exposições virtuais e rotativas. “Atualmente, o Pátio possui apenas uma mostra. Nosso objetivo é produzir várias exposições temáticas para enriquecer a experiências dos visitantes”, detalha, explicando que há planos de desenvolver exposições acessíveis para pessoas com deficiência.

Divulgação científica

O Pátio da Ciência nasceu de iniciativa do hoje vice-reitor da UFG, professor Jesiel Freitas Carvalho, na primeira década dos anos 2000. “A ideia era ocupar o pátio em frente ao IF e criar um espaço mais amplos para uma experiência que já existia, que era o Laboratório de Demonstrações, coordenado pelo professor Orlando (Afonso Valle do Amaral) e pelo professor Gilberto (Antônio Tavares)”, recorda.

Ele enfatiza que, mais do que em outros momentos da nossa história, a divulgação científica é importante tanto para a juventude quanto para a população em geral. "Sempre foi uma experiência muito enriquecedora apreciar o encantamento de meninas e meninos ao visitar o Pátio da Ciência em diferentes ocasiões”, frisou.

O diretor do Instituto de Física, professor Lauro June Queiroz, avalia que o espaço está cumprindo o seu papel. “A visita de inúmeros estudantes do ensino fundamental e médio em nossas instalações, interagido com os experimentos, nos alegra muito. Desejo que essa importante ação de extensão possa se ampliar e que mais jovens possam conhecer o fantástico mundo da ciência, em especial da Física”, afirma ele, que contribuiu com a a estruturação do espaço, principalmente do estande Luz e Partículas.

Jesiel foi o primeiro coordenador do espaço também gerido ao longo desta primeira década pelos docentes José Rildo de Oliveira Queiroz e Paulo Celso Ferrari. O centro de ciências foi construído com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) e é mantido com recursos do IF e da Pró-Reitoria de Administração (Proad) da UFG.

Diálogo com a sociedade

O Pátio da Ciência recebe semanalmente estudantes da educação básica e superior para visitação. Professor de Física do Instituto Auxiliadora, de Silvânia, cidade distante 85 quilômetros de Goiânia, diz acreditar que o espaço consolida “a experiência teórica da sala de aula, que torna-se vívida e palpável.” O grupo estudantes do Ensino Médio esteve no centro de ciências no início do mês.

Estudantes de Ensino Médio da instituição de ensino, Caio Marques e Izadora Riva, ambos de 17 anos, seguem o mesmo compasso. Ele afirma que “é uma experiência única e diferente", que "esse tipo de visitação é muito importante, é essencial”.

Já Izadora frisa a amplitude da iniciativa. “Aqui (na UFG) dá pra ver que tem mais oportunidade, que você não tem só a aula teórica, você pode sair, conhecer outras coisas, não só do seu curso.”

O projeto também integra iniciativas do IF e da UFG, como a Semana da Física e a Escola da Física, além da Semana da Química, do Espaço das Profissões, do Curta o Câmpus e do Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão (Conpeex).

Neste ano, o centro de ciências passou a marcar presença em ações de extensão fora da universidade, como o Ciência no Parque, realizado no Areião, na região Sul de Goiânia.

 

Espaço de aprendizado

Monitor do projeto, o discente do curso de Física Eduardo Oliveira, 26, atua no estande Luz e Partículas. Ele começou como voluntário, posto que ocupou durante dois anos, até se tornar bolsista. "O Pátio representa minha graduação inteira, todo o meu processo de formação e, inclusive, meu trabalho de conclusão de curso. E, para a sociedade, o espaço representa um vislumbre do que é se apaixonar por Física”, enfatiza.

Também estudante de Física, Felipe Albuquerque, 21, desenvolve suas atividades no estande Energia e Nanotecnologia. Para ele, a monitoria “representou uma grande oportunidade”.

A exemplo de Eduardo, ele deseja realizar o trabalho final da graduação na área e, também, o mestrado. “Desenvolvi muito minhas habilidades como físico e como docente graças ao Pátio”, comenta. “Hoje, desenvolvo projetos tanto na área de pesquisa e ensino quanto na área de pesquisa e produção de materiais em Física", detalha.

 

* Com edições da agente de Comunicação do IF/UFG, Diene Batista