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Conversor pode auxiliar pacientes e diminuir custos para impressão de exames

Par Diene Batista. Sur 16/09/22 08:31. Mise à jour 22/09/22 08:54.

Solução foi desenvolvida por discente de Engenharia Física durante estágio 

Texto: Diene Batista, agente de comunicação do IF/UFG

Arte: Roberto Pena, estagiário de comunicação do IF/UFG, sob supervisão de Diene Batista 

Um conversor desenvolvido pelo discente Matheus Maia Ávila, do curso de Engenharia Física do Instituto de Física (IF) da UFG durante o estágio realizado na CDI Goiânia pode facilitar a impressão de exames médicos, permitindo que o procedimento seja realizado de forma automatizada, além de diminuir os custos com a reprodução das imagens. O software funciona como um conversor DICOM, sigla em inglês de um protocolo de imagem e de comunicação digital, que padroniza a comunicação, a escrita e a leitura de arquivos médicos.

A ferramenta foi desenvolvida durante o estágio na clínica e resultou no trabalho de conclusão de curso, defendido no segundo semestre letivo de 2021, quando se graduou. Ele teve a orientação do professor Emerson Nobuyuki Itikawa, docente do IF/UFG, e pelo responsável pela área de Tecnologia de Informação (TI) da clínica, Weuler Nogueira de Sousa.

Como possui licença, o conversor DICOM, gera custos para as instituições de saúde. Já a ferramenta desenvolvida pelo acadêmico é própria e gratuita. “Fato é que agora, após a validação da aplicação do Matheus, os gastos com esta licença poderão ser direcionados para outros propósitos”, ressalta o professor Emerson.

O conversor é capaz de receber os arquivos e armazená-los para impressão, que pode ser executada a qualquer momento, enquanto os arquivos estiverem dentro do banco de imagens. “Essa pode ser a base não somente de um serviço de impressão, mas um serviço de armazenamento, consulta, automação de laudo, visualização e equalização de imagens médicas, serviço, entre outros”, explica Matheus.

A ferramenta, ressalta ele, deve contribuir para o melhor atendimento aos pacientes. No caso da CDI, que recebe pacientes não apenas de Goiânia, mas também de outras cidades, a possibilidade do conversor funcionar também como um “mini-servidor”, armazenando os arquivos DICOM, é um diferencial.

“Esses laudos precisam ser guardados, junto com a impressão das imagens, até que o cliente venha buscar. Isso ocupa espaço e dificulta a organização de documentos. Da maneira como a aplicação funciona, os funcionários do CDI precisariam somente enviar as imagens da impressão do exame para o conversor. Ele armazenaria as imagens em formato.dcm e realizar a impressão somente no dia que fosse solicitado a ele”, detalha.

Programação

O conversor automatizado foi desenvolvido por meio da linguagem python. O conhecimento em programação, aliás, é apontado pelo professor Emerson como uma demanda crescente no mercado de trabalho. Desta forma, ao orientar Matheus em seu trabalho final de curso, o docente procurou conciliar a demanda dos parceiros do IF, que ofertam vagas de estágio, quanto a prática e o aprofundamento das habilidades em programação. “Como desdobramentos positivos deste trabalho, estamos pavimentando o caminho para mais projetos promissores que possam absorver alunos da Engenharia Física e Física Médica, fomentando ensino, assistência e pesquisa”, destaca.

Em sua primeira experiência no mercado, Matheus ressalto o aprendizado e o desafio de aprender sobre o padrão DICOM e complementar a formação, agora com competência para trabalhar com imagens e com dados médicos. “Em breve, pretendo me especializar como cientista de dados, área do mercado que utiliza da programação e também das bases matemáticas que adquiri ao longo do curso de Engenharia Física”, planeja.

Source: Comunicação IF/UFG

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